segunda-feira, 23 de abril de 2012

Por que testar?

Sushi foi resgatado magrinho, com pulgas e vermes ("kit básico" de qualquer gatinho de rua). Coisas simples e fáceis de tratar. Não apresentava nenhum problema dermatológico ou otológico, nem CRVF, também comuns em animais abandonados. Um gatinho ativo, cheio de apetite, brincalhão. Mas o teste Elisa, que é procedimento padrão do Adote 1 Miau, mostrou que as aparências enganam: Sushi é FeLV+.


Leucemia Felina - FeLV
FELV ou Vírus da Leucemia Felina
Feline Leukemia Virus

"FeLV não tem cara"
Assim como o Sushi, há muitos gatinhos portadores do vírus que parecem perfeitamente saudáveis, portanto, se você resolveu aumentar a família felina, não deixe de testar os gatos antes de misturá-los. Não vale testar apenas o recém-chegado, hein? Os seus gatos também devem ser testados! A ideia é proteger tanto o gato antigo quanto o novo.

E se engana quem pensa que FeLV é "doença de vira-lata". Qualquer gato não testado, seja de raça ou não, comprado ou adotado, pode estar contaminado.

Quando testar o gato para FIV e FeLV

Mais sobre o assunto
A tal da FeLV - depoimento de uma mãe de gatos FeLV+
Manejo dos Gatos Infectados por FIV/FeLV
FeLV ou Vírus da Leucose Felina
What is feline leukemia?
Gatinhos com FIV/FeLV - comunidade no Orkut
FelineLeukemia - grupo de discussão no Yahoo (em inglês)
Loving and living with felv cats
 
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Este post, obviamente, não é para causar pânico e desestimular adoções. Há mais de 14 anos convivemos com gatos (os nossos e dezenas de resgatos) e esta é a primeira vez que resgatamos um FeLV positivo. Não tenham medo de dar um lar para um gato abandonado ou mesmo resgatar um das ruas, basta que sejam tomadas medidas eficazes de prevenção.
O vírus é frágil, não sobrevive muito tempo fora do corpo do gato contaminado e é facilmente eliminado com desinfetantes comuns, ou seja, você não vai contaminar os seus gatos apenas fazendo carinho ou pegando no colo um gatinho positivo, caso contrário, uma simples visita à clínica veterinária seria arriscada e veterinário e estagiários precisariam mudar de jaleco a cada nova consulta.
Abrigar um FeLV+ até que seja doado também não oferece risco, desde que ele fique isolado dos demais. Se fosse tão fácil a transmissão, hotéis para animais e clínicas veterinárias (com suas gaiolinhas de internação) seriam excelentes locais para disseminar o vírus.
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Se você cria gatos há anos e nunca ouviu falar em FeLV (shame on you!), está mais do que na hora de sair da caverna e se informar. Não há desculpa para viver na ignorância hoje em dia, com tanta informação aí, de graça, ao alcance de qualquer pessoa alfabetizada e com acesso à internet.

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Atualização em 2 de janeiro de 2013
Sakê "virou estrelinha" no início de dezembro de 2012, infelizmente.Viveu pouco, mas fez muita bagunça e foi muito feliz, disso eu tenho certeza. 
Saiba mais: